sexta-feira, 19 de novembro de 2010

John, my John :')

Querido John,
O tempo está passando entre nossos dedos e nós nada fazemos. E, quando damos por nós, estamos longe de ser o que éramos, aliás, estamos longe literalmente, cada um na ponta do (seu) planeta. 
Onde param os momentos felizes que tivemos ? E os sorrisos sem sentido algum ? Onde ficaram as borboletas que voavam entre os galhos das árvores ? Parece que até isso o tempo levou com ele. Levou-te de mim.
Os galhos das árvores ficaram despidos das folhas e as borboletas foram embora e tu, nunca rogado, foste embora com elas. Deixaste-me só, sem qualquer maneira de lutar contra a maré de angustia.
Passei a acordar de manhã numa cama fria. O meu dia-a-dia tornou-se numa monotonia intensa e frustrante. As noites, nem quero pensar nelas. Um barulho hesitante faz-me pensar que vais entrar por aquela porta e perdoar-me por ter deixado o nosso amor se eclipsar, porque eu sei, meu amor, este relacionamento acabou por minha causa e por causa do meu idiotismo.E, a maior prova do meu arrependimento está no facto de escrever-te esta carta, ( que não sei para que direcção enviar ) com os olhos purpúreos de tantas lágrimas se acumularem ao longo de todos estes "anos". 
Sinto a tua falta, meu John. Sinto falta do teu cheiro camuflado nesta casa. Tenho saudades do teu típico mau feitio. Até sinto a ausência do teu humor de cão. Não sabes nem podes imaginar o que me custa esta tua ausência.
Tem dias, sabes (?), que gostava de poder percorrer o mundo à tua procura, como uma louca, esquadrinhar cada canto que passasse, mover mundos e fundos para te encontrar, sem pensar nos riscos de tu não me quereres de volta, sem medo nenhum, percebes ? 
Queria que percebesses que estou aqui, EU ESTOU AQUI ! Continuo a mesma tola e apaixonada por ti, continuo a Cathe que todos os dias te mimava com os seus carinhos, sou a mesma de à uns tempos atrás quando tu amarravas em mim e me socorrias de qualquer perigo que pudesse aparecer diante de mim ou de nós, continuo a ser a mesma adolescente que tu conheceste naquela noite de verão, sou a mesma Cathe que te amava ontem e anteriormente,  continuo a ser aquela miúda a que tu abrias o guarda-chuva para que nenhuma pinga cai-se no seu cabelo, a criança que fugia de ti só para tu a amarrares e a beijares da maneira mais romântica possível ! E tu, continuas a ser o ÚNICO homem que faz o meu coração bater a mais de 200 k/h  ! Mantens o mesmo lugar de algum tempo atrás, o lugar número um na minha vida, a minha prioridade ! Continuas a ser a "criatura" mais maravilhosa e impressionante à face da terra, e, continua a ser a ti que eu AMO desalmadamente !
Sei que um dia voltarás John, e sei que não tenho direito de te dizer que esse dia pode ser tarde e muito menos de te culpar pela tua (longa) ausência, mas a verdade é que estou aqui, à tua espera, sendo tarde ou não, apenas estou.



( tu percebes, N* )

- only know how to fight for words !

Eu nunca te poderei soletrar o que sinto, nunca poderei retirar o coração do meu peito para te mostrar a força que depositas para ele "bater", nunca seria fácil entenderes a complexidade do meu sentimento, jamais perceberás o porquê de eu querer estar do teu lado, mas se tu compreendesses o que eu compreendo, seriamos perfeitos um para outro e hoje não precisaríamos de sentir a falta um do outro. Se pudesse e me fosse permitido fazer cada coisa que enunciei, por um lado faria, se soubesse que no fim de tudo as tuas dúvidas acabavam, que voltavas a confiar em mim como antes e que tudo voltava à fase do bem-estar conjugal, mas por outro, eu não te posso dar maior prova do que sinto do que to dizer olhando-te nos olhos, pois mesmo podendo estar a mentir-te por palavras, tu conheces o meu olhar ao mais profundo pormenor e esse sabes que não te mente. 
Tu próprio sabes que te amo, sabes que te amei este tempo todo, e, até podes saber que no futuro o meu amor por ti vai-se manter intacto ou, possivelmente, maior, sabes o quão louca sou por ti, e digo-o no sentido literal da palavra, tu sabes que ao teu lado, por ti, eu confrontaria todo inferno, só para segurar a tua mão com toda a  força, para te ter por perto e, saber que és apenas meu, que nada nem ninguém é capaz de ocupar o lugar que eu ocupei/ocupo na tua vida, no teu mundo e no teu coração !
E, as pessoas podem continuar a falar, podem dizer o que quiserem, eu pelo menos tentei. E continuo a tentar. Não sou uma desistente como muitas outras, não, eu não pouso as minhas armas e me entrego ao inimigo, eu não sou fraca ao ponto de fugir, sei o que quero realmente e luto, eu tenho um objectivo e sei que hei-de consegui-lo, e, não, não sou convencida, apenas tenho pensamento positivo ( que tu me ensinaste a ter ! ) *  
amo-te e um dia sei que (talvez!) perceberás isso ! *